Fintechs e IA: tendências que moldam o futuro financeiro

Imagem de um laptop sobre uma mesa de madeira, representando o mundo das fintechs com inteligência artificial.

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Vivemos em tempos memoráveis. O ritmo das mudanças e das evoluções tecnológicas está mais acelerado do que nunca, especialmente no universo das fintechs. Basta observarmos o impacto de uma única tecnologia, como a Inteligência Artificial, para percebermos que estamos entrando em uma era dourada de aplicações inovadoras.

Outra área que merece destaque é a computação quântica. Recentemente, Satya Nadella, CEO da Microsoft, anunciou o lançamento do Majorana 1, um chip revolucionário que promete mais confiabilidade e velocidade no processamento de dados. Ele explicou, por exemplo, que essa tecnologia poderá resolver certos problemas matemáticos em questão de segundos. Atualmente, mesmo se uníssemos todos os computadores do mundo e concedêssemos um tempo infinitamente maior, essas soluções ainda seriam impossíveis.

Esse avanço ilustra apenas uma fração das transformações em curso. Agora, imagine o impacto disso em áreas como criptografia, segurança, blockchain e processamento de dados. Estamos à beira de um ponto de inflexão que mudará o curso da história — e o mais impressionante é que estamos vivenciando isso agora!

Aliás, vale um adendo: segundo Jensen Huang, CEO da Nvidia, a Lei de Moore, como conhecemos, chegou ao fim. Entramos, portanto, em uma nova era de crescimento exponencial no processamento de computadores. Para contextualizar, a SingularityU Brazil explica que a Lei de Moore foi uma observação feita por Gordon Earle Moore, cofundador da Intel, que previa que a capacidade de processamento dos computadores dobraria a cada dois anos. Agora, com essa mudança de paradigma, a evolução tecnológica será ainda mais rápida e impactante.

Entenda a relação com o mundo das fintechs

Neste momento, você pode estar se perguntando: o que tudo isso tem a ver com as fintechs? Antes de responder, a digressão anterior foi necessária para contextualizar algumas das inovações que irão redefinir o setor financeiro e tecnológico nos próximos anos. Embora essas mudanças impactem diversas áreas, aqui, o foco é no universo financeiro e digital.

Com avanços como Inteligência Artificial, computação quântica e open data, as fintechs entrarão em uma nova era, tornando-se mais conectadas, seguras e descentralizadas. Essa revolução tecnológica abrirá caminho para novos conceitos que transformarão a forma como essas empresas operam. Entre eles, destacam-se: Invisible Bank, Embedded Finance, customização impulsionada por IA, Open Data e a evolução do Pix — apenas para citar alguns.

Conceitos de inovações tecnológicas para fintechs

Invisible Bank:

Atualmente, estamos sobrecarregados por uma infinidade de informações, plataformas, sistemas e burocracias. Diante desse cenário, surge uma nova tendência: sistemas que operam nos bastidores, oferecendo serviços de forma discreta e eficiente. Esse movimento dá origem ao conceito de Invisible Bank, onde a plataforma se torna praticamente imperceptível para o usuário.

Um ótimo exemplo dessa abordagem pode ser visto no transporte público de Amsterdã. Lá, não é necessário possuir cartões ou dispositivos específicos, pois sensores controlam toda a cobrança e a rota automaticamente, exigindo o mínimo de interação do usuário. No setor bancário, essa lógica também se aplica. O objetivo é reduzir interações desnecessárias e oferecer soluções mais fluidas e intuitivas.

Embedded Finance:

À medida que as tecnologias evoluem, surge uma tendência de consolidá-las em plataformas únicas, com o objetivo de simplificar e otimizar a jornada do usuário. Um exemplo disso é o WeChat, o super app da China, que integra várias funcionalidades em um único espaço: é possível comprar produtos, usar como rede social, se comunicar, vender e muito mais.

Essa abordagem também se aplica ao sistema financeiro. O que queremos é uma maior integração entre sistemas, empresas e bancos, facilitando a jornada de compra e melhorando a experiência com os serviços que estamos utilizando. O objetivo é reduzir a complexidade e aumentar a praticidade nas interações financeiras do dia a dia.

Customização Mediante I.A.:

Neste ponto, é possível que você já esteja cansado(a) de ouvir ou ler sobre Inteligência Artificial e suas implicações. No entanto, não podemos deixar de mencionar esse tema, pois seu potencial é verdadeiramente gigantesco. As aplicações da I.A. são praticamente infinitas, abrangendo áreas como comunicação, organização de dados, melhoria de processos e, claro, a personalização de serviços, entre outras.

O fato é que o "inverno" da I.A. já passou. Estamos agora em uma fase de crescimento exponencial, com aplicações cada vez mais inovadoras, que têm o poder de transformar inúmeras indústrias — e as fintechs não ficam de fora desse processo de revolução.

Open Data:

Essa é uma tendência muito forte no segmento de fintechs. A abertura de dados para diferentes atores crescerá de maneira exponencial nos próximos anos. Embora o conceito ainda seja incipiente no Brasil, ele está ganhando cada vez mais tração a cada dia que passa.

As Instituições Financeiras (IFs) precisam de dados para analisar o perfil de crédito dos clientes, entre outros aspectos. Com a liberação desses dados — de forma segura e com o consentimento dos clientes — esse conceito tem o potencial de assumir proporções imensas, transformando a forma como as fintechs operam e interagem com seus usuários.

Conclusão sobre as tendências para fintechs

Em suma, o que está acontecendo neste momento, tanto no Brasil quanto no mundo, é uma verdadeira era dourada tecnológica, que irá impactar praticamente todas as indústrias e setores. As fintechs sofrerão grandes transformações em suas estruturas e modelos de negócios, com novas formas de compartilhar dados, personalizar serviços e simplificar a jornada do usuário. Isso proporcionará a criação de novos modelos disruptivos no futuro.

Atualmente, as fintechs já desempenham um papel significativo no desenvolvimento do país e, no futuro, seu impacto será ainda maior. Este é um segmento que passará por muitas mudanças, mas, com certeza, não desaparecerá, pois sua base e o desenvolvimento tecnológico continuam em plena expansão.

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