Um novo conceito está ganhando destaque no mundo empresarial: o BRM (Bank Relationship Management). Diferente do CRM (Customer Relationship Management), que ajuda as empresas a entender melhor seus clientes, o BRM foca em uma área menos explorada...
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Um novo conceito está ganhando destaque no mundo empresarial: o BRM (Bank Relationship Management). Diferente do CRM (Customer Relationship Management), que ajuda as empresas a entender melhor seus clientes, o BRM foca em uma área menos explorada – a relação das empresas com as instituições financeiras (IFs).
Enquanto o CRM oferece uma visão analítica sobre preferências, perfis de consumo e datas importantes dos clientes, o BRM busca otimizar o relacionamento entre empresas e bancos. Ele promete proporcionar um desenvolvimento semelhante, ajudando as organizações a lidar de forma mais eficiente com as instituições financeiras, um aspecto crucial e frequentemente negligenciado.
O Brasil, como sabemos, possui uma das estruturas mais complexas e caras para as empresas. Por exemplo, se considerarmos a taxa básica de juros (SELIC), ela é uma das mais altas do mundo, o que implica uma série de impactos na economia como um todo. Além disso, questões tributárias e legais também apresentam diversos desafios. Ademais, outro ponto relevante é a assimetria de informação e poder que as instituições financeiras no Brasil possuem em relação às empresas.
Nesse contexto, o BRM (Bank Relationship Management) surgiu para diminuir essa assimetria. Assim, esta plataforma proverá maior simetria informacional para as empresas em relação aos bancos e maior poder de negociação. Atualmente, os bancos usufruem de um ambiente quase livre de competição e podem oferecer produtos caros e de difícil compreensão para as empresas. Portanto, o BRM visa proporcionar um acesso nunca explorado pelas empresas junto às IFs (instituições financeiras).
O BRM é uma solução projetada para transformar a forma como as empresas acessam, gerenciam e analisam produtos financeiros. Nesse sentido, ele abrange desde empréstimos convencionais e operações em moeda estrangeira até linhas de crédito especializadas e instrumentos de hedge. Além disso, é uma plataforma que consolida uma vasta gama de informações das organizações em um formato e linguagem que as instituições financeiras compreendem e apreciam. Como resultado, a empresa entenderá melhor quais produtos estão à sua disposição, de acordo com o quadro econômico-financeiro da sua realidade.
De modo geral, o BRM oferecerá as seguintes funcionalidades:
Imagine ter um pipeline de operações, semelhante a uma esteira de crédito da sua empresa, apresentado em um formato visual simples, como o de um CRM. Nesse contexto, o BRM vem com a proposta de unificar e simplificar a linguagem financeira das empresas.
O BRM surge para resolver algumas dores pontuais e latentes na realidade das empresas no Brasil, sendo elas: primeiramente, o alto custo financeiro; em segundo lugar, a falta de conhecimento para acessar linhas de crédito internacionais e instrumentos de hedge complexos; e, por último, a dificuldade das empresas em falar a "língua" do mercado financeiro.
No que diz respeito ao alto custo financeiro, o Brasil apresenta uma das maiores taxas de juros do mundo. Para se ter uma dimensão da situação, basta olhar o diferencial de juros entre o Brasil e os EUA:
Historicamente, o Brasil apresenta um gap considerável nas taxas de juros, e, como resultado, isso se reflete no custo dos produtos financeiros oferecidos às empresas:
As linhas de crédito em moeda local, por sua vez, possuem o maior custo devido à realidade econômica interna do país. Além disso, isso pode ser observado na representatividade dessa modalidade de empréstimo, segundo o BACEN:
Isso nos leva à segunda dor: de fato, devido à escassez de conhecimento e à limitação dos produtos oferecidos pelos bancos, as empresas têm pouco acesso a linhas estrangeiras de menor custo.
Em resumo, como as empresas não estão no mesmo nível informacional que os bancos, a "linguagem" entre eles se torna desafiadora.
O BRM surge exatamente para solucionar esses três principais desafios mencionados acima. Com isso, a combinação das principais funcionalidades de controle aprimorado de operações financeiras, mesa de câmbio e derivativos dinâmicos, prospecção de crédito inovadora, e análises e actionable insights visa reduzir (e muito!) a assimetria de alavancagem entre empresas e instituições financeiras.
Além disso, este novo conceito pretende revolucionar a forma como as empresas se relacionam com o mercado financeiro daqui em diante.
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